segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A arte e a criatividade infantil

  Lowenfeld (1970) observa que há vários conceitos de criatividade, que vão além da  flexibilidade de raciocínio, fluência de idéias, capacidade de transmitir novas idéias ou de ver as coisas em novas relações, ou a capacidade de pensar de forma diferente das outras pessoas.
  Desta forma, o mesmo autor aponta a criatividade como um comportamento produtivo, que se manifesta em ações ou realizações.
  Há no processo criador quatro fases que são conhecidas como: preparação, incubação, iluminação e verificação.
Kneller (1978, p.73) resume:
“Em suma, o ciclo criador parece contar cinco fases que, apesar de logicamente separadas, só raramente se mostram distintas na experiência. Primeiro há um impulso para criar. Segue-se a este um período, freqüentemente demorado, em que o criador recolhe material e investiga diferentes métodos de trabalha-lo. Vem a seguir um tempo de incubação no qual a obra criadora procede inconscientemente. Então surge o momento da iluminação, e o inconsciente anuncia de súbito os resultados de sua faina. Há, por fim, um processo de revisão em que as donnés de inspiração são conscientemente elaboradas, alteradas e corrigidas.”

  Lowenfeld observa que podemos considerar a arte um processo criativo constante, não podendo esquematizá-lo em simples fases pré determinadas ou conceituadas.A melhor preparação para a criatividade é a própria capacidade de criar. O ambiente, valores sociais, a personalidade da própria criança também são valores importantes no processo criador.

Maria Isabel Braggion Archangelo