segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desenvolvimento infantil segundo Lowenfeld

  Nos desenhos das crianças estão refletidos os seus sentimentos, a capacidade intelectual, o desenvolvimento físico, a percepção, a criatividade, a estética e a evolução social.
  Sendo assim, Lowenfeld analisa o significado dos diferentes componentes do
desenvolvimento.

Desenvolvimento Emocional

  A criança se doa quando desenha e isso é essencial para compreender o desenvolvimento emocional, porque neste momento, ela retrata as coisas que são significativas para ela ou até mesmo se retrata.
  Podem surgir, com uma certa frequência, os desenhos esteriotipados feitos por crianças que receberam uma orientação rígida ou por estarem emocionalmente desajustadas, inseguras ou até mesmo, como fundamenta Lowenfeld – Brittain (1970), como fuga da realidade, por mecanismo de evasão, o que acontece quando um educador desinformado a incentiva a fazer estes desenhos.
  Conseqüentemente estas crianças terão que ter flexibilidade para reverter estes quadros.
  Há também crianças que são incapazes de reagir emocionalmente, não deixando nada de pessoal em seu desenho, sentindo-se satisfeita por ter apenas representado algo que não signifique nada para ela.
  Por outro lado, pode-se notar que a criança emocionalmente livre, totalmente segura na sua expressão não se sente constrangida com os problemas que podem surgir no seu caminho, identificando-se com seu desenho, não se preocupando se está feio ou bonito, certo ou errado ou se vai tirar uma boa nota.

Desenvolvimento social

  As crianças mostram em seus desenhos as suas próprias experiências e a de outros indivíduos.
  Assim que deixa a garatuja, a criança inclui em seus desenhos a família, colegas e quem faça parte de sua vida.
  Desta forma, a arte é um meio de comunicação mais social do que pessoal, a arte é um meio de contextualizar o eu no mundo da realidade.
  Podemos ter exemplo disso quando a criança desenha sua preocupação com a sociedade, ou até mesmo com o meio ambiente, como quando se estuda a arte, as maneiras de outros povos, etc.
  As atividades só serão realizadas com sucesso se a criança assumir responsabilidades pelo o que está fazendo, se for capaz de enfrentar suas próprias ações, ou seja, se ela não estiver emocionalmente desajustada.

Desenvolvimento Criador


  A criatividade é considerada como um comportamento que se manifesta em ações ou realizações.
 A criança começa o desenvolvimento criador assim que faz os primeiros rabiscos, dando início a uma grande produção criadora.
  Essa produção criadora é feita de forma independente e criativa, com diferentes tipos de liberdade emocional, ou seja, liberdade para explorar e experimentar, liberdade de envolvimento e emoção.
  Nas escolas, essas experiências artísticas são consideradas a base da atividade criadora.
  Pode acontecer que algumas crianças fiquem envergonhadas com seu trabalho criador, isso se dá porque algumas sofreram influências de outras pessoas por falta de confiança no que estão fazendo. Consequentemente, essa passa a copiar o trabalho de outras crianças.
  O educador poderá auxiliar essa criança ao demonstrar interesse e entusiasmo pelo seu trabalho, dando-lhe confiança e mostrando que ela é capaz de desenvolver sua capacidade criadora.

Desenvolvimento Perceptual

  Observamos o desenvolvimento perceptual na conscientização progressiva e no uso de toda uma variedade de experiências perceptuais da criança.
  Damos maior importância à observação visual dentro da experiência artística, pois ela desenvolve uma crescente sensibilidade à cor, à forma e ao espaço.
  No início do desenvolvimento, acontece a fruição e o desenvolvimento da cor, mas com o passar do tempo podemos notar relações de cor em constante variação.
  Ocorre em primeiro lugar o desenvolvimento visual, que se dá através da identificação das cores, seguindo a relação de cores em constante variação, luzes diferentes e condições atmosféricas distintas.
  Logo em seguida se dá o desenvolvimento do tato e pressão, que podemos notar quando a criança manuseia o barro, quer na modelação da escultura, quer na diferença na qualidade da superfície e na variedade de formas artísticas.
  Podemos notar também as experiências auditivas de uma criança nos seus desenhos quando elas passam a representar os sons numa expressão artística.

Desenvolvimento Estético


  A estética é um elemento básico no desenho da criança, ela é definida como um meio de organizar o pensamento, a sensibilidade e a percepção. A organização dos sons através da música; os movimentos através da dança; as linhas, cores, contornos e formas através das artes plásticas. Seus critérios baseiam-se no indivíduo, na sua particularidade, na cultura e na intuição.
  Não há regras fixas nem padrões quando falamos de estética pois ela está intimamente vinculada à personalidade do indivíduo.
  A criança pinta todas suas experiências de forma coesa, manifestando seu desenvolvimento estético desta forma.
 O desenvolvimento estético pode ser identificado na organização harmoniosa e na expressão de pensamentos e sentimentos através de linhas, texturas e cores utilizadas.
 As crianças pequenas fazem intuitivamente e os jovens podem encontrar prazer na manipulação e organização consciente, visando ao desenvolvimento estético.

Desenvolvimento Físico

 Podemos observar o desenvolvimento físico de uma criança na capacidade de coordenação visual e motora, na maneira como controla seu corpo, orienta seu traço e dá expressão às suas aptidões.
 Podemos observar também, esses desenvolvimentos nos desenhos das crianças porque a criança saudável retratará movimentos físicos ativos e desenvolverá maior sensibilidade para as suas realizações físicas.

Desenvolvimento Intelectual

  O desenvolvimento intelectual diz respeito à compreensão tem de si mesma e do meio em que vive.
  Ela demonstra, quando desenha, seu nível intelectual e também um indício da capacidade mental.
  Lowenfeld (1970) cita o exemplo de uma criança de cinco anos que desenhou um homem apenas com a cabeça e pernas e uma outra, da mesma idade que já incluía características humanas. A primeira criança pode não estar intelectualmente tão desenvolvida quanto a segunda, mas isso não significa que esta criança tenha capacidade mental inferior.
  Há vários fatores que podem bloquear a expressão da criança. Um deles pode ser a falta de envolvimento afetivo com determinado desenho.
  A conscientização do meio muda à medida que a criança cresce. Algumas crianças demoram para desenvolver essa conscientização, indicando falta de maturação intelectual.
  Podemos auxiliar essas crianças a desenvolver relações sensíveis com seu desenho através de motivações adequadas, trazendo o que é mais significativo à ela.
  Deve-se manter um equilíbrio apropriado entre a evolução emocional e a intelectual.

Maria Isabel Braggion Archangelo

Motivação Artística

   Para motivar artisticamente uma criança, o professor de artes deverá conhecer bem o aluno e o seu mundo, pois este é significativo para o mesmo.
   Poderá também colocar a disposição diversos materiais artísticos para que o aluno possa ter a possibilidade de escolha e identificação com determinado material e consequente técnica a ser empregada.
  As necessidades das crianças são diversas e mudam conforme as fases do desenvolvimento. O professor deverá atender as necessidades individuais desses alunos a fim de que se mostrem livres e que, por via de consequência, passem a se expressarem artisticamente, sem interferência de modelos pré-concebidos.
   Ao longo do processo os professores poderão encontrar crianças inseguras, as quais na maioria das vezes alegam não saber desenhar ou que, aquilo que ela faz é feio. Provavelmente, ela não se identifica com o que faz e dá maior importância ao produto final (resultado estético).
   Nestes casos, o educador poderá estimular estas crianças, aflorando e desenvolvendo o que há de mais significativo em suas vidas, e contextualizando-o para o objeto de seu trabalho artístico.
   A criança trabalhará com sua própria realidade, com suas próprias emoções e, conseqüentemente, seu trabalho se tornará único e atenderá exclusivamente as suas próprias expectativas.
   Ela poderá se sentir segura em relação ao trabalho apresentado dessa forma, dando valor à experiência artística e seu respectivo processo.

Maria Isabel Braggion Archangelo

A arte e a criatividade infantil

  Lowenfeld (1970) observa que há vários conceitos de criatividade, que vão além da  flexibilidade de raciocínio, fluência de idéias, capacidade de transmitir novas idéias ou de ver as coisas em novas relações, ou a capacidade de pensar de forma diferente das outras pessoas.
  Desta forma, o mesmo autor aponta a criatividade como um comportamento produtivo, que se manifesta em ações ou realizações.
  Há no processo criador quatro fases que são conhecidas como: preparação, incubação, iluminação e verificação.
Kneller (1978, p.73) resume:
“Em suma, o ciclo criador parece contar cinco fases que, apesar de logicamente separadas, só raramente se mostram distintas na experiência. Primeiro há um impulso para criar. Segue-se a este um período, freqüentemente demorado, em que o criador recolhe material e investiga diferentes métodos de trabalha-lo. Vem a seguir um tempo de incubação no qual a obra criadora procede inconscientemente. Então surge o momento da iluminação, e o inconsciente anuncia de súbito os resultados de sua faina. Há, por fim, um processo de revisão em que as donnés de inspiração são conscientemente elaboradas, alteradas e corrigidas.”

  Lowenfeld observa que podemos considerar a arte um processo criativo constante, não podendo esquematizá-lo em simples fases pré determinadas ou conceituadas.A melhor preparação para a criatividade é a própria capacidade de criar. O ambiente, valores sociais, a personalidade da própria criança também são valores importantes no processo criador.

Maria Isabel Braggion Archangelo

A escola e a oficina lúdica

  Dr. Edmir Perroti (1995),observa que a escola é um instrumento importante de promoção social, mas se apresenta de forma desinteressante e desestimulante, tratando o conhecimento com rigidez, impedindo-o que se aproxime da emoção, sensibilidade e imaginação.
  A escola poderia ser um espaço de aprimoramento do lúdico, apresentando o conhecimento de maneira interessante e desafiante.
  Algumas escolas, tendo conhecimento desses fatos introduziram o lúdico em salas de aula de uma  maneira instrumental, ou seja: este está sendo visto como recurso motivador, instrumento ou meio para a realização de objetos que podem ser educativos, mas na realidade a verdadeira proposta do lúdico é que este seja essencial.
  Perroti (1995) mostra a diferença do lúdico instrumental e o essencial; é que o primeiro dá a maior importância à produtividade e o segundo a produtividade é o próprio brincar.
  Friedmann (1992) analisa que a brincadeira é um sistema que integra a vida social das crianças e é caracterizada por ser transmitida de uma geração para a outra de forma expressiva. Logo, de acordo com os interesses e as necessidades de cada grupo, as brincadeiras são imitadas ou interpretadas pelas crianças.
  A mesma autora ainda aponta cinco aspectos da atividade lúdica: o primeiro deles é o tempo e espaço – as características das brincadeiras são apresentadas de acordo com o tempo e espaço para estas acontecerem; o segundo diz que as relações sociais que acontecem durante as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento porque a criança terá a oportunidade de assumir papéis e colocar-se no lugar do outro; o terceiro se refere aos objetos e brinquedos, estes são meios para brincar e veículos da inteligência e da atividade lúdica; o quarto diz respeito às ações físicas e mentais do sujeito. Nos primeiros anos de vida as ações são ao nível concreto
(físico). À medida que a criança cresce elas se tornam mais abstratas, no brincar sempre há o desenvolvimento das habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
  A quinta característica é a percepção das relações de meios/fins no ato de brincar. Ela pode ter fins pedagógicos ou ser puro divertimento, mas de qualquer forma ela ativa o desenvolvimento integral da criança. Logo, isto caracteriza a sua importância no âmbito escolar.

Maria Isabel Braggion Archangelo

Qual o significado da arte para as crianças?

   A criança tem uma visão diferente de arte em relação ao adulto.
   O adulto valoriza a arte dentro do campo da estética e beleza externa, enquanto a criança valoriza o “ fazer”, usando-o como meio de expressão.
  Como a criança usa a arte como meio de exteriorização do pensamento de forma espontânea, alguns professores se entusiasmam com tal fato, sugestionando cores e formas que a criança deve usar. Sendo assim, seus alunos se sentem obrigados a utilizar os esquemas de cores e as proporções indicadas por seus professores, o que resulta na dificuldade das crianças de se identificarem com os próprios desenhos.
  Se não houvesse nenhuma intervenção do meio externo, a criança formalizaria a sua arte de sua própria maneira, com seus próprios estímulos. Porém, isso muitas vezes não acontece; um grande exemplo ocorre quando ouvimos uma criança dizer que sente dificuldades e não sabe fazer determinados desenhos, escolher cores ou modelar a argila, fechando-se no seu próprio eu, deixando que os adultos decidam por elas.
  Um outro agravante também, para o desenvolvimento da arte das crianças, ocorre no momento em que o produto final será avaliado, levando-se em consideração a estética, quando na realidade, este não deve ser um fator relevante quanto ao próprio fazer da criança, ou seja: seus sentimentos, pensamentos, percepções, reações ao seu ambiente são totalmente aplicados em seus trabalhos; isso é arte.
  A arte é extremamente importante para as crianças que são mais tímidas e retraídas, pois estes poderão usá-las como processo de auto-expressão, desenvolvendo modos de expressar seus pensamentos, sentimentos e interesses através de seus desenhos e pinturas.
  Portanto o papel fundamental do arte educador é estimular a expressão artística de cada aluno, para que se identifiquem com suas próprias experiências e que eles possam expressar seus sentimentos e emoções.
  Os benefícios da arte no desenvolvimento são constatados quando a criança está desenvolvendo um trabalho, se expressando por inteiro, dando sentimento (subjetivo) e perfeição (estética). Como esse sentimento é único e pessoal, o trabalho de duas crianças jamais será igual, pois este refletirá a capacidade intelectual, o desenvolvimento físico, a percepção e o desenvolvimento criador.

Maria Isabel Braggion Archangelo

Relações Interdisciplinares

As relações interdisciplinares são, sem dúvida, um grande avanço na educação; Espírito Santo (2002,p.120) explica:
                      
“A interdisciplinaridade leva o aluno a perceber o vínculo fundamental de qualquer disciplina com o universo das artes. Assim é que, juntamente com o estudo de qualquer conteúdo, as artes acompanharão como distintas formas de expressão de tal conteúdo”.

 Com efeito, a arte pode ser entendida como forma de expressão de todo e qualquer sentimento, sensação, entendimento, etc., ou seja, um modo de transmitir o subjetivo a terceiras pessoas que não participaram do processo de conhecimento (formulação dos seus próprios conceitos sobre determinado conhecimento empírico).
  Assim, a interdisciplinaridade permite que o indivíduo passe a encarar as matérias de forma contextual, possibilitando a facilitação na recepção das idéias e conceitos, sua interpretação e posterior expressão de todo o conhecimento que lhe foi transmitido.
  Muitas vezes, verificamos que os conflitos na sociedade decorrem do fato de que as pessoas não conseguem expressar de forma clara suas próprias idéias. A existência de conceitos ambíguos, não representados exclusivamente e universalmente pelos mesmos símbolos ou expressões geram dúvidas e incertezas nas relações sociais.
  Possibilitando às crianças o aprendizado e posterior controle sobre as formas de expressão, inclusive em relação à todas as matérias disciplinares constantes de seu currículo, estar-se á dando um enorme passo para o desenvolvimento de toda a humanidade.
  Por outro lado, a interdisciplinaridade deve ser entendida como um fenômeno estritamente necessário no processo de conhecimento, pois possibilita ao indivíduo a compreensão do “todo” e não apenas da “parte” ou das “partes” individualmente consideradas, aqui no caso, as matérias curriculares.
  Um exemplo é a tendência atual verificada na Medicina. Existem especialistas e mais sub-especialistas sobre determinadas partes do corpo. Mas a sujeição do indivíduo a uma análise conjunta e geral pode levar a um diagnóstico totalmente diferente daquele realizado observando-se apenas a parte do corpo afetado. O tratamento apenas da parte pode representar o tratamento de um sintoma, mas a causa permanecerá e a cura irrealizada.
  No caso do ensino fundamental, um dos melhores exemplos da inexistência de interdisciplinaridade é a “decoração” de dezenas de formulas complexas de matemática, física, química, etc. Porém, os mesmos alunos que as “decoram” não conseguem aplicá-las na realidade, quando postos diante de um problema prático da vida real.
  No meu caso, tenho um exemplo prático: o número imaginário “i” da matemática, ou seja, a raiz quadrada de –1; o que ele significa, o seu gráfico, qual a sua relação com a física, química, etc? Até hoje, sei operar de forma mecânica o tal número imaginário, mas nunca o apliquei na resolução de problemas cotidianos e práticos.Assim, a interdisciplinaridade deve ser entendida como parte integrante de todas as matérias curriculares, permitindo o entendimento integral de determinada matéria e sua relação com as demais e com o mundo em que vivemos, e no caso específico das artes, como forma de integração e expressão do aprendizado.

Maria Isabel Braggion Archangelo

A arte na educação escolar

  A arte pode ser ensinada e aprendida também na escola. Portanto, tanto educadores como futuros educadores, temos que trabalhar de forma a buscar atividades e vivências mais significativas para os educandos, observando uma estruturação nas propostas.
  É claro que a escola não é o único lugar em que se aprende arte; outras instituições sociais e culturais (família, centros culturais, teatros, museus, etc) também participam de alguma forma. Mas na escola, as crianças e jovens vivenciam e entendem o processo artístico e sua história em cursos apropriados para esses fins.
  É na escola que deveria ser dada a oportunidade para crianças, jovens e adultos experimentarem o fazer, o conhecer e o criticar a arte.
  Apesar do ensino de arte nas escolas ser limitado (por a tratarem como matéria secundária, por não ter o mesmo número de aulas que as outras matérias e avaliação não rigorosa), há possibilidades desse ensino ter uma melhor qualidade. É aí que entra o papel do arte educador. Este deve se aperfeiçoar tanto em saberes artísticos e sua história, quanto no desenvolvimento do trabalho de educação escolar em arte.
  Para que os cursos de arte nas escolas sejam qualitativos, é necessário que os interesses do professor estejam de acordo com os objetivos dos alunos, vivenciando o fazer artístico e apreciações estéticas e culturais conjuntamente.
  É necessário dar ênfase no fazer e apreciar arte, associando os interesses culturais e artísticos de seus alunos, dentro do mundo contemporâneo, aplicando atividades pedagógicas que auxiliem o aluno a aprender a ver, olhar, ouvir, pegar e sentir os elementos da natureza e as diferentes obras artísticas e estéticas no mundo cultural.
  A arte não é só importante para o homem pelo fato de ser instrumento para desenvolver sua criatividade, sua percepção, etc, mas é também por ser um objeto de estudo e por ser um dos fatores essenciais de humanização.
  Através da arte educação podemos compreender as nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de aprender e de fazer diversas manifestações culturais e as obras de arte. Conscientemente, estamos nos educando artisticamente, em um diálogo constante de conteúdo consciente e inconsciente, na vivência com as pessoas e as coisas.
   A arte influencia nossas práticas culturais, apresentando esteticamente as diversas visualidades, falas, movimentos, sonoridades, cenas, desde nossa infância.
   Dentro do processo de arte educação, temos a oportunidade de analisar quais práticas artísticas e estéticas existentes na nossa vida contemporânea queremos conservar ou mudar e o porque; sendo assim, é necessário continuar praticando arte, convivendo com o objetivo de aplicar o nosso potencial perceptivo, afetivo e cognitivo.

Maria Isabel Braggion Archangelo

Baixo Esmalte







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